O Blog “Falando de Copa”, como o próprio nome já acusa, é para falar sobre Copa do Mundo. Não ficará em completo stand by durante os próximos 4 anos, até 2014 sempre que houver algum assunto relacionado a Copa do Mundo que eu queira escrever bobagens a respeito vou acioná-lo. Mas para não ficar somente na expectativa de Copa do Mundo e afins para manifestar minha opinião “Entre umas e outras” (http://entre-umas-e-outras.blogspot.com/) entra em ação para que eu possa comentar a respeito de assuntos diversos e não ficar sem escrever bobagem.


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fenômeno


Não sou muito de ir a estádio assistir jogo, na verdade muito pouco o faço, o advento do Pay Per View veio para saciar simultaneamente meu gosto por futebol e minha preguiça de sair de casa.
Mas há de certo um jogo do qual ei de me lembrar, uma partida entre Corinthians e Mirassol pelo Paulistão de 2010. O Corinthians tinha a mente voltada para a Libertadores e por conta disso colocava em campo uma maioria de jogadores reservas, com 3 ou 4 titulares para disputar o Paulista. E na partida em questão não foi diferente, o Corinthians entrou em campo com sua formação basicamente composta por reservas.
O Corinthians saiu na frente, mas acabou sofrendo o empate, foi a primeira (e até aqui única) vez em que sai do estádio sem testemunhar uma vitória do Corinthians. E ainda por cima, isso aconteceu em uma noite chuvosa de quarta-feira.
Mas nada disso vem ao caso agora, a grande questão foi o gol do Timão, aliás, o autor do gol, que mais tarde acabou saindo da partida contundido, o que o faria se ausentar do jogo seguinte, que seria contra o Palmeiras.
A grande questão é que naquela noite eu tive o privilégio de ver o melhor jogador que eu vi com meus próprios olhos marcar um gol pelo meu time do coração.
É bom ressaltar que tenho menos de 30 anos, e muito do que admiro hoje, não só no futebol, tenho conhecimento por registros históricos, gostaria de ter presenciado muita coisa: gostaria de ter curtido o som dos anos 60 e 70, gostaria de ter visto no cinema Darth Vader dizer ao Luke que é o seu pai, gostaria de ter visto o Brasil ser campeão com o timaço de 70, entre tantas outras coisas que eu “perdi”. Não posso dizer que vi nada disso, mas poderei dizer que vi, ao vivo no estádio, Ronaldo, o Fenômeno, deitar o goleiro adversário e chutar para o gol vazio.
É fato que fiquei P... da vida com o Ronaldo, não só com ele, em 2006, mas não é lembrança da Copa de 2006 que vou guardar dentre tantas atuações do Fenômeno, mas sim as da Copa de 2002, ou a arrancada para o gol pelo Barcelona, ou o passeio para cima do Manchester United em pleno Old Trafford, ou os gols contra São Paulo e Santos nas finais do Paulistão 2009, mas principalmente aquele gol contra o Mirassol, pelo simples fato de que eu estava lá.
Não ter mais Ronaldo em campo é como não ter mais Michael Jackson nos palcos, não ter Ayrton Senna nas pistas, não ter Guga nas quadras. Se como cidadão não era um exemplo, não sei, nunca convivi para saber, se alguém por ele foi prejudicado, que com ele se entenda, o que sei é que, no que ele fazia como profissional, como esportista, ele era e sempre será fenomenal.
Pelo talento, pela genialidade, pela superação, pela capacidade de transformar em arte o que fazia, ele é e sempre será fenomenal.
E que fique registrados para os meus netos: Eu vi e vivi na época de Ronaldo, o Fenômeno.

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